Meios de Comunicação e Tecnologias de informação

Raissa Pascoal
raissapascoal@gmail.com

“Os velhos meios de comunicação nunca morrem – ou desaparecem, necessariamente. O que morre são apenas as ferramentas que usamos para acessar seu conteúdo” (Cultura da Convergência, Henry Jenkins, p. 39)

Tomemos como exemplo as gravações sonoras. Para reproduzir um som, foi necessária a invenção de aparelhos que pudessem captar a pressão atmosférica exercida pelas ondas sonoras e gravá-las em algum meio material e, posteriormente, digital.

Lá por volta de 1877, Thomas Edison (sim, o mesmo da lâmpada incandescente) aperfeiçoou o fonógrafo. O aparelho era formado por um cilindro coberto por uma folha de estanho. Uma ponta pressionava o cilindro, de acordo com as vibrações que eram convertidas em impulsos mecânicos, e criava sulcos na superfície do estanho. Após terminar a gravação, uma agulha lia os sulcos quando o cilindro era girado, produzindo, assim, o som.

Já em 1899, Emil Berliner cria o gramofone com disco. O princípio de funcionamento era o mesmo do fonógrafo de Edison, com a diferença que som estava gravado em um disco plano.

 

O vinil (ou Long Play) vem logo depois, em 1940, com Peter Carl Goldmark. De novo, mesmo princípio analógico, só que agora a vibração da agulha causada pelos sulcos era antes transformada em sinais elétricos para depois virar som audível.

Depois vem a fita cassete, lançada pela Philips em 1963. O som era gravado em uma fita magnética. Aqui acabam os meios analógicos.

O próximo mais importante já é o compact disc, mais conhecido como cd. A promessa nas décadas de 80 e 90 era um produto com maior capacidade e qualidade de som. O som é armazenado digitalmente em forma de dados. O cd é um disco de acrílico. A gravação gera dois tipos de irregularidades físicas, que são pontos brilhantes ou escuros, os chamados bits (dados binários). Eles são lidos por um laser em aparelhos específicos, que os transforma em zero ou um, de acordo com o código binário.

Depois disso, já chegamos ao MPs. Do 1 ao 9, os MPs são formatos de áudio digitais. O MP3 é a mais conhecida extensão de arquivo digital para gravações sonoras. Depois dele vem o MP4, que já é uma extensão que comporta imagens, ou seja, é um vídeo com áudio. Daí para frente (do 5 ao 9), a denominação MP5 só se refere ao tipo de player (aparelho que reproduza as extensões dos arquivos).